Rã, sapo ou perereca? Você sabe identificar estes anfíbios? Ambos são da ordem Anura (Salientia), com ausência de cauda na fase adulta, locomoção adaptada para saltos e reprodução aquática. Algumas espécies produzem toxinas por meio de glândulas (paratoides), concentradas atrás dos olhos na epiderme, ou espalhadas ao longo do corpo. Mas quais as principais diferenças deste grupo?
A - Phyllomedusa bahiana (perereca): De pele lisa, olhos proeminentes, pernas finas e longas. São excelentes saltadoras, podendo alcançar até 2 metros de distância. As pererecas possuem hábito arborícola e utilizam as ventosas adesivas presentes nas pontas de seus dedos para se equilibrarem nas árvores, de onde descem sempre de ré. São normalmente menores que os sapos e rãs (menos de 10 cm).
B - Leptodactylus labyrinthicus (rã-pimenta): As rãs possuem a pele lisa e brilhante, pernas longas e geralmente patas traseiras com membranas adaptadas ao nado. Vivem frequentemente em lagoas. Com grande variação de tamanho, podendo chegar até 40 cm e pesar 3 quilos (rã-golias). A rã-pimenta, por exemplo, é uma rã de grande porte (cerca de 18 cm) que é bastante apreciada na culinária mundial. Algumas espécies, sobretudo a família dos dendrobatídeos, possuem uma coloração de advertência para alertar os potenciais predadores de sua não-palatabilidade devido à produção de veneno através de seus poros. Estas rãs venenosas são bastante comuns na América do Sul e Central.
C - Rhinella marina (sapo-cururu): Os sapos apresentam a pele rugosa, com verrugas, pernas curtas e robustas. De hábito terrestre, entram em contato com a água doce na época de sua reprodução. Para se defender de predadores, os sapos-cururu expelem uma substância leitosa (bufotoxina) por meio das glândulas paratoides quando pressionados, capaz de irritar os olhos e mucosas. São tóxicos também em sua fase de girino, De apetite voraz, podem consumir presas vivas ou mortas, incluindo insetos, outros anfíbios, outros pequenos vertebrados, plantas e resíduos domésticos. Esta é a espécie de sapo mais comum no Brasil.
Fonte: Revista Superinteressante/ Célio Fernando Haddad (UNESP).
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