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Jogo do Bicho: Rã, sapo ou perereca?

Rosana Azevedo


Rã, sapo ou perereca? Você sabe identificar estes anfíbios? Ambos são da ordem Anura (Salientia), com ausência de cauda na fase adulta, locomoção adaptada para saltos e reprodução aquática. Algumas espécies produzem toxinas por meio de glândulas (paratoides), concentradas atrás dos olhos na epiderme, ou espalhadas ao longo do corpo. Mas quais as principais diferenças deste grupo?


A - Phyllomedusa bahiana (perereca): De pele lisa, olhos proeminentes, pernas finas e longas. São excelentes saltadoras, podendo alcançar até 2 metros de distância. As pererecas possuem hábito arborícola e utilizam as ventosas adesivas presentes nas pontas de seus dedos para se equilibrarem nas árvores, de onde descem sempre de ré. São normalmente menores que os sapos e rãs (menos de 10 cm).


B - Leptodactylus labyrinthicus (rã-pimenta): As rãs possuem a pele lisa e brilhante, pernas longas e geralmente patas traseiras com membranas adaptadas ao nado. Vivem frequentemente em lagoas. Com grande variação de tamanho, podendo chegar até 40 cm e pesar 3 quilos (rã-golias). A rã-pimenta, por exemplo, é uma rã de grande porte (cerca de 18 cm) que é bastante apreciada na culinária mundial. Algumas espécies, sobretudo a família dos dendrobatídeos, possuem uma coloração de advertência para alertar os potenciais predadores de sua não-palatabilidade devido à produção de veneno através de seus poros. Estas rãs venenosas são bastante comuns na América do Sul e Central.


C - Rhinella marina (sapo-cururu): Os sapos apresentam a pele rugosa, com verrugas, pernas curtas e robustas. De hábito terrestre, entram em contato com a água doce na época de sua reprodução. Para se defender de predadores, os sapos-cururu expelem uma substância leitosa (bufotoxina) por meio das glândulas paratoides quando pressionados, capaz de irritar os olhos e mucosas. São tóxicos também em sua fase de girino, De apetite voraz, podem consumir presas vivas ou mortas, incluindo insetos, outros anfíbios, outros pequenos vertebrados, plantas e resíduos domésticos. Esta é a espécie de sapo mais comum no Brasil.


Fonte: Revista Superinteressante/ Célio Fernando Haddad (UNESP).



 







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