Ele está no time dos invertebrados gigantes marinhos e também é conhecido como o "Darth Vader do mar"!
Isópodes gigantes são crustáceos pertencentes ao gênero Bathynomus, que vivem em águas frias e profundas dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico. Na Plataforma Continental Amazônica, há o registro de duas espécies (Bathynomus giganteus e B. miyarei). Estes isópodes fazem parte da mesma ordem dos tatuzinhos-de-jardim, que são animais terrestres.
São organismos bentônicos, ocorrendo em profundidades oceânicas de 170 a 2.500 metros. Atingem dimensões de até 70 cm de comprimento e 1,5 quilos (maior exemplar já capturado). Seu tamanho avantajado e forma achatada são características evolutivas que garantem sua sobrevivência em regiões de alta pressão e deficiência de luz, como o fundo dos oceanos. Em sua reprodução, as fêmeas possuem uma espécie de "marsúpio" que guarda os ovos até sua eclosão na água. Os filhotes saem dos ovos como miniaturas dos adultos, apenas sem o último par de pernas torácicas e medem até 6 cm.
Os isópodes gigantes apresentam um grande papel ecológico como limpadores de carcaças de animais mortos, mas também são carnívoros, alimentando-se de esponjas e outros invertebrados menores. Passam a maior parte do tempo vagando no fundo oceânico atrás de comida, por isso, também são conhecidos como "aspiradores de pó dos oceanos".
Para viver em regiões profundas e com escassez de comida, estes animais desenvolveram uma série de adaptações. Seu fígado detém uma camada de gordura que vai sendo consumida em tempos de vacas magras. Vivem próximo ao estado de hibernação, com processos vitais lentos que poupam energia. Há registros de um espécime criado em cativeiro no Japão que passou 05 anos em jejum, quando acabou por falecer após esse período.
Embora não tenha muito sucesso comercial, os isópodes gigantes são apreciados na culinária asiática, comumente servidos em restaurantes das cidades. E aí, você gostaria de provar desta iguaria?!
Fontes: StringFixer/ Public-Welfare/ Portal MegaCurioso.