Hoje é o #frogday e vamos falar sobre pererecas! Conheça a curiosa e peçonhenta perereca-de-capacete...
As pererecas-de-capacete são anfíbios pertencentes à família Hylidae, com dois gêneros conhecidos até o momento: Corythomantis e Nyctimantis. Típicas da Caatinga e de regiões transicionais de Caatinga e Cerrado brasileiros, costumam ser vistas em bromélias e dentro de troncos, preferencialmente à noite. São importantes controladoras de pragas e contribuem para a biodiversidade de suas áreas de ocorrência.
Foto: Registro de Corythomantis greeningi.
Seu nome comum se remete à ossificação de sua cabeça, caracterizada por um crânio rodeado de espinhos interligados a glândulas de veneno. Estes animais conseguem injetar veneno em suas presas e predadores através de cabeçadas, onde seus espinhos espetam as vítimas. O veneno chega a ser mais potente do que o de jararacas! Mas calma, devido aos espinhos serem muito pequenos, estes não conseguem penetrar profundamente na pele humana a ponto de causar danos letais. Além disso, a quantidade injetada (poucas miligramas) é quase improvável de matar humanos...
Foto: Crânio ossificado de C. greeningi.
Outra estratégia de defesa destas pererecas é o comportamento de fragmose, em que utilizam o corpo como barreira de proteção, escondendo-se em pequenos espaços com a cabeça à mostra.
O escasso conhecimento da biodiversidade na Caatinga é motivador para o aumento de estudos com estes animais. As pesquisas de suas toxinas são relativamente recentes e apontam possíveis efeitos antitumorais em seus compostos tóxicos e biológicos.
Fonte: Mendes, 2015. A biologia, as glândulas de veneno e a secreção cutânea da perereca da caatinga Corythomantis greeningi: um estudo integrativo.
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