Os cavalos-marinhos são um dos bichos mais curiosos do reino animal e também um dos mais ameaçados pela pesca predatória.
Em alusão ao Dia Mundial dos Manguezais, vamos conhecer o cavalo-marinho brasileiro ou do focinho longo (Hippocampus reidi), uma das espécies de peixe ornamental mais exportadas pelo Brasil anualmente.
Ocorrendo em águas costeiras de Norte a Sul do Brasil, H. reidi habita zonas recifais, baías, igarapés e, sobretudo, os manguezais. Tolera ampla variação de temperatura e salinidade, preferindo águas limpas e calmas. Está entre as maiores do gênero, atingindo até 20 cm. Os machos normalmente possuem altura superior às das fêmeas.
A característica mais curiosa dos cavalos-marinhos é o papel sexual invertido. Os machos apresentam uma bolsa incubadora onde ocorre a gestação. Em H. reidi, esta gestação dura duas semanas, com o nascimento de cerca de 1600 filhotes. Normalmente, estes animais são monogâmicos, porém há indícios de poligamia em alguns estudos.
A camuflagem é outra habilidade de todo o gênero, com o desenvolvimento de padrões e mudanças de cor. O cavalo-marinho brasileiro apresenta apêndices cutâneos, pontos, estrias e cores que dificultam sua localização pelos predadores em ambientes de manguezais e banco de algas.
Apesar de sua plasticidade ambiental, seu colorido e comportamento sexual peculiar fazem com que todo o gênero Hippocampus esteja ameaçado pelo comércio internacional de peixes ornamentais. H. reidi figura-se como vulnerável (VU) na lista do MMA e quase ameaçado (NT) na IUCN. Esforços mundiais vêm sendo feitos em projetos de conservação e pesquisas voltadas para seu cultivo comercial.
Fontes: Rosana S. de O. Pinho Azevedo/ Projeto Hippocampus.
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