Um grupo de pesquisadores do Brasil, Finlândia e Estados Unidos descobriram recentemente duas novas espécies de corujas do gênero Megascops nas regiões da Amazônia e Mata Atlântica.
O artigo publicado na revista Zootaxa descreve as espécies Megascops stangiae (corujinha-do-Xingu) e Megascops alagoensis (corujinha-de-Alagoas). Ambas são aves noturnas de pequeno porte, podendo chegar até os 25 cm de comprimento. Sua diferenciação se dá por meio da vocalização, DNA e tipo de plumagem (variável entre as espécies do gênero e de difícil visualização no ambiente).
A corujinha-do-Xingu é encontrada entre os rios Tapajós e Amazonas, na região do Xingu, e seu habitat é protegido pelas reservas indígenas. Contudo, também está presente no Arco do desmatamento, área conhecida por atividades agrícolas e agropecuárias, onde corre o risco de futuras ameaças de declínio populacional. Seu nome científico (M. stangiae) é uma homenagem a ambientalista Dorothy Mae Stang, assassinada em 2005.
A situação da corujinha-de-Alagoas é bem mais preocupante. Ocorrente ao norte do rio São Francisco, nos estados de Alagoas e Pernambuco, ocupa pequenos fragmentos esparsos em áreas endêmicas, sobretudo na Estação Ecológica de Murici. O avanço da fragmentação em seu território permite aos pesquisadores inferirem que a espécie já se encontra criticamente ameaçada de extinção.
Com estas novas descobertas, os cientistas seguem com as análises do gênero Megascops nas florestas brasileiras.
Fonte: Portal O Eco.
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