Conheça a história dessa incrível e pouco lembrada botânica brasileira.

Foto: Arquivo particular da família Bandeira
Com cerca de 20 anos de idade, Maria do Carmo Vaughan Bandeira (1902 - 1992) ingressa no Jardim Botânico do Rio de Janeiro como a primeira mulher pesquisadora na instituição.
Poliglota, além do português, tinha conhecimento de latim, inglês, francês e alemão. Muito comunicativa, mantinha contato com muitos pesquisadores estrangeiros na época, o que lhe deu a oportunidade de ir trabalhar no prestigiado Laboratório de Fisiologia Geral da Universidade de Sorbonne, em Paris, afim de conseguir seu diploma de ensino superior.
Dedicada aos estudos de briófitas, fungos e líquens, costumava utilizar técnicas de alpinismo para coleta dos exemplares nos locais mais remotos possíveis e em vários tipos de ambientes. Seus estudos contribuíram para a coleção de briófitas e fungos de muitos herbários do Brasil. Seu nome pode ser visto nas publicações de diversas maneiras: M. Bandeira, M.C. Bandeira, M.C.V. Bandeira, M.C. Vaughan Bandeira ou “Vaugham”.
Ressalta-se que mesmo com a predominância masculina na Ciência, com 28 anos esta pesquisadora já possuía grande importância científica. Em sua carreira, também conheceu outras prestigiadas cientistas como Bertha Lutz e Marie Curie.
Com o falecimento de seus pais, aos 29 anos Maria Bandeira abandona suas pesquisas, seu curso de formação em Paris e retorna ao Brasil para ingressar como religiosa em um convento, onde passou o resto dos anos de sua vida.
Fonte: Bediaga et el., 2016. Maria Bandeira: uma botânica pioneira no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
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