Neste dia mundial dos animais, o processo de sensibilização é intensificado para a conservação e preservação da fauna.
Em se tratando da fauna marinha brasileira, o peixe-boi-marinho-das-Antilhas ou manati (Trichechus manatus manatus) é, possivelmente, o mamífero aquático mais ameaçado de extinção no território nacional.
Pertencente à ordem Sirenia, é um animal de grande porte, pode atingir até 4,5 m e pesar até 600 kg na fase adulta. Difere do peixe-boi-da-Amazônia (Trichechus inunguis) por possuir três ou quatro unhas nas nadadeiras peitorais. No Brasil, sugere-se uma distribuição descontínua desde o Amapá a Alagoas.
Encontra-se como Vulnerável (VU) na lista da IUCN (2020) e Em Perigo (EN) no Livro Vermelho do ICMBio (2018). Os fatores antrópicos como a caça predatória, destruição do habitat, uso inadequado das áreas marinhas e estuarinas a tornaram bastante ameaçada. Além disso, possui uma reprodução lenta, gerando apenas um filhote a cada três anos, o que torna mais difícil a sua conservação e intensificam as ameaças.
Este cenário fez com que o ICMBio criasse, em 2018, o Plano de Ação Nacional (PAN) para Conservação do peixe-boi-marinho, que tem como objetivo diminuir os efeitos das atividades antrópicas sobre as populações da espécie, como também ampliar o conhecimento adotado para aperfeiçoar ações de conservação.
Foto: Saliva Jorge E.
Fontes: CONCEIÇÃO, F. P. et al. Encalhe de peixe-boi-marinho-das-Antilhas (Trichechus manatus manatus Linnaeus, 1758) na praia de Panaquatira, Maranhão, Brasil, 2020/ Livro Vermelho - ICMBio/ IUCN/ MMA, 2018. Portaria nº 249.
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