

Cientificamente conhecido como Cacajao calvus, uacari-branco/uacari também é chamado de macaco-inglês devido a semelhança de sua face com a de turistas estrangeiros quando inventam de tomar sol sem usar Cenoura & Bronze. Pertence ao grupo de Macacos do Novo Mundo da família Pitheciidae, vivendo em bandos de até 200 indivíduos. É original da Amazônia brasileira, podendo ser encontrado em florestas ripárias do Peru e Colômbia.

Não apresenta pelos na cabeça, com pelagem variando do laranja ao vermelho e o rosto avermelhado. A coloração de seu rosto é bastante marcante nos machos, funcionando como atrativo na seleção sexual. Machos com face de vermelho mais intenso são mais saudáveis e os de cor mais descorada estão associados a doenças, como a malária (muito comum no gênero).
Falando em cores, assim como em humanos, suas células fotorreceptoras (cones) produzem opsinas, responsáveis pela percepção de cores (vermelho, verde e azul). Esta mistura de cores forma o espectro da visão como um todo. Indivíduos homozigóticos possuem apenas uma variação do gene produtor de opsina, portanto, são dicromáticos. Enquanto heterozigóticos caracterizam-se por duas variações, sendo tricromáticos. Como o gene da opsina está ligado ao cromossomo X, machos tendem a ser dicromáticos e fêmeas podem ser dicromáticas ou tricomáticas.

Pesquisadores sugerem que fêmeas tricomáticas possuem maior vantagem na distinção do melhor parceiro, já que conseguem perceber mais variações de vermelho. Por sua vez, fêmeas dicromáticas podem se destacar na procura por alimentos, pois distinguem melhor variações do verde (alimentos escondidos na mata).
Esta espécie consta como Vulnerável (VU) na lista da IUCN. Apesar das ameaças frequentes na biodiversidade da floresta amazônica, a lista vermelha do ICMBio classifica o macaco-inglês como Menos Preocupante (LC), pelo fato de que 87% da população encontra-se em Unidades de Conservação, como na Reserva Mamirauá.
Fonte: UFRGS Ciência/ IUCN/ ICMBIO
Comments