Vamos falar de preguiça? Mas, claro, é sobre o bicho-preguiça!
Mamífero pertencente à ordem Pilosa, junto com os tamanduás. O antigo nome desta ordem, Xenarthra, incluía também os tatus, e era caracterizada pela presença de articulações adicionais entre as vértebras lombares, "xenarthrales", o que possibilita aos animais deste grupo uma postura ereta, apoiados sobre os membros posteriores e cauda.
Típicas do continente americano, as preguiças vivem nas florestas da Mata Atlântica e Amazônica. De hábito diurno e noturno, normalmente solitárias, arborícolas, herbívoras e de excelente natação. Podem girar a cabeça em até 270°, devido à presença de vértebras cervicais adicionais. Descem das árvores para necessidades fisiológicas, de uma a duas vezes na semana. Em períodos úmidos, assumem coloração esverdeada em simbiose com algas na sua pelagem, proporcionando camuflagem na floresta. Passam até 80% do dia dormindo e vivem até cerca de 50 anos.
No Brasil, existem 05 espécies de preguiças, distribuídas entre as famílias Bradypodidae (preguiças-de-três-dedos) e Megalonychidae (preguiças-de-dois-dedos ou preguiça real). Destas, Bradypus torquatus (preguiça-de-coleira) encontra-se como Vulnerável (VU) na Avaliação de Risco de extinção do ICMBIO. As principais ameaças a esta espécie são o desmatamento, queimadas, a caça e o atropelamento em estradas e rodovias.
Fonte: Mamíferos do Brasil e ICMBIO.